Em todas as aventuras e expedições em que participamos, seja uma corrida de aventura, uma travessia de um deserto ou uma simples trilha até uma cachoeira, estamos constantemente sujeitos a uma série de riscos a nossa saúde. Entre estes riscos, está o contato com animais e insetos que, eventualmente, podem vir a se tornar um sério problema.
Por mais cuidado que tenhamos, não é incomum sermos picados por algum tipo de "habitante" dos locais em que passamos, como formigas, abelhas, vespas, aranhas ou até escorpiões e cobras. Alguns destes são simples de resolver, inclusive com soluções caseiras como o uso de vinagre, fumo, xixi :D e outras substâncias que ajudam a neutralizar o veneno. Já para outras, a questão é bem mais grave, e somente com um rápido socorro médico pode-se evitar consequências maiores.
Picada de Aranha-marron, a mais letal no Brasil
De acordo com a World Health Organisation (WHO), em torno de 5 milhões de pessoas são vítimas de picadas e 100 mil morrem, ao ano, pela ação do veneno. Só no Brasil são em torno de 20 mil picadas de cobra ao ano, sendo que 1,5% são fatais, e de 7 a 8 mil ferroadas de escorpião com uma mortalidade de 1%.
Pensando nisto, a empresa Aspivenin desenvolveu um dispositivo a vácuo, semelhante a uma seringa, que ao ser aplicada sobre a picada retira suavemente o veneno, de forma eficiente e indolor. O produto vem em uma caixa com 4 diferentes bicos para se adaptar ao formato e tamanho da picada. Conforme o tipo de animal ou inseto que inoculou o veneno, é estimado um determinado tempo para sua extração. Para mosquitos, de 20 a 30 segundos de sucção bastam. Para vespas, deve-se manter o uso por 90 segundos, e para picadas mais graves até 3 minutos. Quanto mais séria for a picada, por mais tempo deve ser utilizado, sendo que em casos de risco de vida o dispositivo deve ser utilizado diversas vezes, com maior tempo possível de vácuo no local, até o atendimento por um médico ou socorrista.
O equipamento pode ser adquirido no site da distribuidora Flairpath, que aceita pedidos internacionais.
É bom lembrar que, embora antigamente se ensinassem estas práticas, sob hipótese alguma devem ser feitos torniquetes próximo ao local da picada, com sério risco de complicações do quadro, e muito menos cortes e sucção do veneno com a boca por outra pessoa, com risco de envenenamento.
Para telefones e endereços dos Centros de Informações Toxicológicas (CIT) no Brasil consulte o site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Para informações de emergência ligue gratuitamente para o Disque Intoxicação no telefone 0800-722-6001.
2 comentários:
Pessoal, comentários recebidos por email do ciclista Erico Nomura que compartilho com todos (com autorização do autor):
Olá Rodrigo, tudo bem contigo?
Espero que sim.
Muy bueno as mensagens com os tópicos abordados pelo blog. Sempre acompanho as notícias postadas por ti.
Se me permite, apenas gostaria de fazer uma pequena explanação sobre o tal extrator de veneno Aspivenin; Como Mestre em Entomologia e pHd em Zoologia, gostaria de deixar bem claro, que no caso específico de picadas causados por Hymenoptera socias (vespas, abelhas e formigas), é muito importante tomar MUITO cuidado ao se tentar remover o ferrão e demais glândulas e estruturas anexas que ficam presas no local da ferroada, principalmente nos casos envolvendo as abelhas e vespas.
Veja bem, no caso destes dois, normalmente o inseto perde não apenas o ferrão, mas sim todo o aparelho de ferrão e glândulas anexas, ou seja, caso não se tenha o devido cuidado em primeiramente remover o ferrão, sem romper a glândula de veneno (pois em caso contrário, além de ficar mais dolorido, os feromônios eliminados "atiçariam" o comportamento agressivo dos demais membros da colônia)....
Acredito que esta pequena explicação esteja contida no manual do produto, mas não custa nada ressaltá-la.
Grande abraço e ótima semana.
Saudações pedalísticas,
Eco
Vejam outra opção de extrator, o Venimex: http://bit.ly/riMDFd
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