Os dois posts anteriores me inspiraram a ir um pouco além na questão de animais em atividades de aventura. No Brasil, ter um companheiro de 4 patas em aventuras e expedições não é algo muito usual nem tampouco incentivado. Existe um certo preconceito em relação a presença de cães em trilhas, camping e outras atividades, que na minha opinião ocorre muito devido ao fato de não termos cães e donos educados o suficente para respeitar o meio ambiente e outros animais e praticantes.
Já na Europa e Estados Unidos, onde a própria disponibilidade de trilhas e parques bem estruturados para trekking e aventuras é maior, a prática de levar cães é bem mais comum. Quando se fala em expedições a locais inóspitos, como por exemplo o Ártico, ter um cão na equipe vem a tornar-se uma necessidade. O livro "Sozinho no Pólo Norte" do brasileiro Thomaz Brandolin mostra de forma bastante envolvente e emotiva a necessidade de se ter um cão como companheiro em expedições ao Pólo Norte, como proteção contra ursos brancos e também no combate a solidão. Aliás o livro inspirou o nome do meu Malamute do Alasca, Nanook ("urso polar" na lingua Inuit), que me acompanhou a um trekking nas margens do rio Paranhana neste final de semana.
Nanook dando um tempo da natação nas corredeiras.
Pois existem empresas preocupadas com que as atividades outdoor acompanhadas de cães ocorram da forma mais segura e saudável possível, protengendo os nossos amigos de 4 patas. Entre estas, a fabricante de equipamentos de aventura para cães, Ruff Wear, fornece diversos itens de altíssima qualidade e preparados especialmente para você levar seu cão nas mais diversas aventuras: trekking, rafting, atividades verticais e outras.
Entre os equipamentos fabricados pela Ruff Wear, vários modelos se destacam: cadeirinhas para cães de todos os portes, pesos e raças, com capacidade para 8,9 kN (907,55 Kg), para que você possa erguer o animal com segurança e conforto em locais com desníveis grandes (assista ao vídeo no site da empresa); coletes salvavidas de material reforçado para aguentar qualquer tipo de corredeira; alforges especiais que incluem reservatório de água com mangueira, para o cão levar sua alimentação e pertences por vários dias, com cadeirinha integrada; sapatos especiais com solado Vibram (mesmo material utilizado em botas de trekking) para enfrentar terrenos acidentados sem machucar as patas; e muitos outros equipamentos e acessórios, como coleiras e guias reforçadas (com uso de D-rings e mosquetões de alumínio ou aço), "potes" de tecido impermeável para carregar e servir comida e água, brinquedos, sinalizadores, roupas térmicas e acessórios voltados para o lazer.
A empresa também traz muitas dicas para aventuras com seu cão em trilhas, água, noturnas e de inverno, além de um manual de primeiros socorros para animais bastante completo, e o divertido e útil "Blog
for Outdoor Dogs".
Leve seu cão com você em suas aventuras, é diversão e companhia garantida, para ambos! O Nanook já encomendou os equipamentos que ele quer de natal. ;D
5 comentários:
Cães não deveriam ir para a natureza com seus donos. Já fazemos nós impactos suficientes. No Brasil, em unidades de conservação e nas praias o acesso de animais é vetado e sujeito a penalidades previstas em lei.
Lineu
Sempre tem um ecochato pra se manifestar. É dose ...
Discordo, não deve ser um ecochato, pois o ecochato diria que nós é que não deveríamos ir degradar a natureza, enquanto qualquer animal apenas contribuiria com algum adubo orgânico por aí... isso deve ser alguém rancoroso daqueles que não gostam e não tem um animalzinho párceiro, e se tiver eu aposto que não deve juntar seus dejetos quando passeia... s passeia....
Xande
Como o próprio Rodrigo Meurer disse no post:
"...não termos cães e donos educados o suficiente para respeitar o meio ambiente".
Tenho uma cachorra, a Hanna, que sempre me acompanha nas aventuras, muito bem educada e que não me da trabalho. Ela causa bem menos estragos ao meio ambiente do que qualquer ser humano, afinal, ela pesa cerca de 25 quilos, ou seja, a pisada dela numa trilha é bem menos impactante. Ela também não toma banho usando xampu ou sabão nos rios, não usa roupas de aventura que emitiram muito CO2 para serem produzidos, dessa forma a sua ida a uma trilha é a menos degradante para a natureza.
Bruno Liguori
Perfeito, parabéns Bruno! É só ter o devido cuidado com dejetos e na proteção de outros animais, o resto é tranquilo!
Grande abraço e obrigado pelo comentário!
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